segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Jornal dá como reprovado a inspeção do GEIV em Dourados

 O jornal eletrônico Dourados Informa noticiou que o inspeção do GEIV realizada semana passada no aeroporto de Dourados resultou em não aprovação do sistema de PAPIs e que com isso não haverá ainda voos comerciais por lá.

https://douradosinforma.com.br/noticias/dourados/aeroporto-de-dourados-e-reprovado-em-vistoria-e-continua-sem-voos-comerciais

Na página oficial do DECEA ainda não há nada sobre esta vistoria (última inspeção publicada foi de 2021): https://servicos.decea.mil.br/reliv/

Até que ponto isso condiz com a realidade?

Vamos lá: o aeroporto de Dourados está homologado para voos visuais diurnos, exceto para aeronaves a reação (a jato), que dependem de PAPI operante para tal. Na própria matéria, diz que o PAPI da cabeceira 06 foi aprovado sem ressalvas, o que, após a publicação da inspeção, pode ocorrer a liberação de operações pela cabeceira 06 de aeronaves a reação ( a jato). Existem outros aeroportos no país que tem liberado apenas uma cabeceira para operação deste tipo de aeronave, ou por não ter PAPI ou por estar inoperante em uma delas.

As cias aéreas já poderiam operar com aeronaves turbo-hélices (ex. ATR-72), em condições visuais. Para isso deveriam acionar a ADM aeroportuária (hoje, Infraero) e solicitar voos. Pode ser que não há o interesse justamente por ser apenas em condições visuais, que restringe bem as operações, apenas para dias com tempo bem aberto. 

Outras coisas também precisam serem homologadas para a total liberação do aeroporto, tais como balizamento para voos noturnos, os procedimentos IFR (voo por instrumentos) e a sala rádio, para voltar ao patamar como era anteriormente antes do fechamento para as obras.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

GEIV já está voando em Dourados

 A aeronave Hawker do GEIV, Grupamento Especial de Inspeção de Voo, já se encontra em Dourados realizando as aferições necessárias para a continuidade do processo de homologação da pista:



Informações indicam que este voo é para aferir o PAPI, auxílio indispensável para operação de aeronaves a reação (jatos) e procedimento de saída por instrumentos (SIDs).

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Andamento da homologação do aeroporto de Dourados

 Como divulgado na mídia esses dias, os processos de homologação pós obras no aeroporto de Dourados seguem em andamento, além da autorização da licitação para as obras do novo terminal de passageiros. https://www.douradosnews.com.br/dourados/secretaria-de-aviacao-civil-autoriza-licitacao-do-novo-aeroporto-de/1246940/


 Como sempre surge muitas dúvidas entre nossos leitores, seguem algumas considerações:

  • O GEIV, Grupamento Especial de Inspeção de Voo, deve fazer o voo para homologação do PAPI (auxílio indispensável para operações de aeronaves a jato) e do balizamento, para operações noturnas, no dia 10/12. As operações por instrumentos (IFR) ainda não serão homologadas, pois houve mudança nas cabeceiras e os procedimentos devem ser refeitos, o que ainda não há nenhuma previsão no site do DECEA para acontecer e isso pode ser um entrave na volta de voos comercias.
  • O aeroporto já está podendo receber aeronaves comerciais de até 40 assentos, desde quando foi autorizada a volta das operações. Cabe as cias aéreas demonstrar interesse. Quem teria uma aeronave que poderia operar aqui nestas condições seria a AZUL CONECTA, com o Caravan, de capacidade para 9 passageiros. Para operações comerciais com aeronaves acima de 40 assentos, deve-se ativar o canal de inspeção (raio-x) e ter programas de segurança válidos e aprovados pela ANAC. Sem esquecer que depende do interesse das cias aéreas.
  • A questão de retorno de voos comerciais, na minha opinião, leva de 60 a 90 dias por parte das cias aéreas, para vender passagens, contratar/treinar funcionários e montar a base. 
  • A situação das cias aéreas que operavam aqui antes do fechamento das obras não são das melhores. A AZUL tem cancelado voos constantemente em diversos destinos (como se vê em diversas notícias na mídia) e a GOL está em processo de recuperação judicial nos EUA. Assim, não dá pra ter certeza se alguma delas voltará a operar rapidamente em Dourados, após a liberação completa do aeroporto. Resta a LATAM, que pode operar com seus A319 e A320neo por aqui, que seria uma (re)estreante no município (a TAM operou aqui num passado distante).

AENA deve investir R$ 160 milhões no aeroporto de Ponta Porã

 Em reunião no dia 02 de dezembro com autoridades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, diretoria da AENA informou que deve investir cerca de R$ 160 milhões no aeroporto da cidade brasileira e transformar o equipamento.

Com informações do Agora MS:

https://www.agorams.com.br/aena-pretende-investir-r-160-milhoes-no-aeroporto-de-ponta-pora/

Além de falar do investimento, que já estava previsto dentro do processo de concessão, a reunião também serviu para discutir a resolução de problemas que afetam as operações, tais como o recuo de uma cabeceira devido a obstáculos dentro do Paraguai.

Dentro dos investimentos, está prevista a ampliação do terminal de passageiros em 4x seu tamanho atual, passando de 770m2 para 3946m2.

Foto: Rafael Ribeiro - Agora MS


segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Dados sobre a homologação do aeroporto de Dourados

 Fazendo uma busca na ANAC, achei um documento com os dados cadastrais do aeroporto de Dourados e suas observações.

https://pergamum.anac.gov.br/pergamum/vinculos/PA2023-12.139.pdf


Pelo documento conseguimos ver o andamento das homologações: foram acrescentadas as posições de parada no pátio antigo (o que será usado até o novo terminal ficar pronto) em março/24. As alterações das características da pista após a entrega da obra, foram em setembro/24: melhora da resistência da pista, implantação das áreas de segurança das cabeceiras (RESAs), inclusão das sinalização horizontal das áreas anteriores de cabeceira e a proibição das operações de aeronaves a jato. 

A proibição das operações de aeronaves a jato deve ser retirada após a homologação do PAPI, equipamento de auxílio indispensável para tal.