Números incrivelmente baixos. Para um aeroporto que já chegou a movimentar mais de 11 mil passageiros em um mês, janeiro movimentou somente 3.461. Foram 1.748 embarques e 1.713 desembarques. O fato de ter somente um voo disponível diariamente durante todo o mês de janeiro influenciou muito nos números.
Este número é 51% menor que o de Janeiro/16 e cerca de 44% menor que dezembro/16. Com certeza esses passageiros não deixaram de viajar, procuraram sim outra alternativa. Quem foi de avião, em grande maioria, embarcou em Campo Grande.
Para o mês de janeiro, ganha apenas da movimentação de 2013, onde foi movimentado apenas 2.253 passageiros. Desde então não havia número menor que agora. Nesta mesmo ano de 2013 em fevereiro o aeroporto registrou movimento de 3.729 passageiros, quase 10% maior que o número apresentado agora.
Com certeza não falta passageiros. A região que Dourados influencia (região da Grande Dourados) tem cerca de 800 mil habitantes. Quando tínhamos 5 voos diários durante as dias da semana nosso movimento era em torno de 10 mil passageiros/mês. Para onde foram esses passageiros: ou migraram para embarcar na capital ou arrumaram outros meios (carro, ônibus, etc..).
Grandes empresas começam a se instalar na região, trazendo investimentos na ordem de R$ 1 bi, como é o caso da esmagadora de soja da COAMO. Estes investimentos com certeza aumentarão a procura por voos para Dourados. Aí nos questionamos: vão ter opções ou muitos ainda terão que se deslocar até Campo Grande, como já fazem atualmente?
Agora em fevereiro a única cia que aqui opera voltou com seu voo da tarde, ficando dois voos durante segunda a sexta. Ainda colocará pernoites nos três primeiros finais de semana do mês, aumento de uma para duas frequências nestes dias. Isso deve fazer com que o movimento cresça neste mês, ficando parecidos com a média de setembro a dezembro do ano passado (quando tínhamos o mesmo número de voos que teremos agora).
No meu ver Dourados comporta no mínimo mais um voo diário. É preciso ver que a atual situação econômica do país é um fator que auxiliou na queda do número de viajantes, porém podemos fechar tranquilamente com 8.000 passageiros/mês (o que seria uma queda de cerca de 20%). Pela própria ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a queda de passageiros transportados em 2016 chegou a 5,5%. No nosso aeroporto a queda foi de 25%, muito pela diminuição da oferta e não pela diminuição da procura.
Nossa região não foi tanto afetada por essa crise e deve ser ainda melhor este ano, com previsão de safra recorde e novas indústrias aqui se instalando. Esperamos que as cias aéreas olhem estas características da região e tragam novos voos pra cá, aumentando nossa opções..
